O Tremor Essencial (TE) é um dos distúrbios do movimento mais comuns, afetando cerca de 1% da população geral e 5% das pessoas acima de 60 anos de idade. Um histórico familiar de tremor está presente em 30 a 70% dos pacientes com ET, sugerindo um forte componente genético.

Manifesta-se como tremor de ação tipicamente bilateral ativado com a realização de movimento voluntário ou quando os braços são mantidos em postura contra a gravidade. Afeta, classicamente, os membros superiores (com destaque para as mãos). Pode afetar também a cabeça e a voz. Pode ser exacerbado por fatores como exercício e estresse.

O diagnóstico do Tremor Essencial é baseado, sobretudo, no exame clínico e na história do paciente. É sempre importante questionar a respeito do impacto do tremor na qualidade de vida e na realização das atividades diárias. História familiar de tremor essencial e melhora com uso de álcool são fatores que suportam esse diagnóstico.

O tratamento medicamentoso permanece como primeira linha de escolha e deve ser oferecido para pacientes que tenham incapacidade causada pelo tremor. As drogas mais utilizadas para o tratamento são propranolol (betabloqueador) e primidona (anticonvulsivante). Destaca-se, ainda, a possibilidade de realização de tratamento cirúrgico, como estimulação cerebral profunda, para o manejo de casos mais severos e resistentes a medicações.